Notícias na moda 19/20: sustentabilidade e inclusão em alta

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O espanhol La Vanguardia publicou um resumo das tendências que rolaram em 2019 e deu uma pincelada nas que, provavelmente, virão em 2020. A análise que o veículo publicou foi feita pelo Lyst. Dei uma prévia para vocês nos stories do IG (segue aqui @sitedacris), também.

O que achei mais bacana dessa matéria foi perceber que aquele muro que separava tendências (até por questões climáticas, óbvio, já que estamos em estações inversas às do hemisfério norte) não existe mais. Em parte, essa responsabilidade de levar a ‘globalização’ ao pé da letra também se dá pelas empresas especializadas em macro-tendências e cool-hunting.

Outra coisa que observei não foi diretamente sobre formas, mas sobre comportamento (particularmente, é a área na moda que mais me interessa): o consumidor de moda no hemisfério norte e daqui (sul, em especial, Brasil) anda bem mais alinhado do que estava 10 anos atrás. Olha só o que a análise sintetizou:

2019

Este 2019, marcado principalmente por movimientos como la sostenibilidad -muchas marcas han llevado a cabo iniciativas para un consumo ético con el medioambiente- y la inclusividad -con una serie de llamamientos contra la falta de representación de la diversidad en la industria- ha sido el año del romanticismo exagerado.

La Vanguardia

2019 foi marcado por temas como sustentabilidade (consumo consciente e preocupação com o meio ambiente) e inclusão. E, como falei nos stories, foi um ano de percepção exagerada de algumas formas mais românticas.

No meu ponto de vista, 100% compreensível: se temos a moda como forma imagética de expressão, o mood romântico até inconsciente compensa todas as ‘batalhas’ travadas nas formas e no comportamento humano, diariamente.

Neon, tie dye e um street style ainda com o militar presente (olha aí de novo o inconsciente se fazendo visível) foram tendências marcantes de 2019, na Europa e aqui também.

2020: já tá na área

O estudo aposta que em 2020 a moda será muito influenciada pela cultura japonesa graças aos efeitos das Olimpíadas do Japão. Esperemos por cortes futuristas (a lá Matrix) e cores em tecidos holográficos.

Minha avaliação

Para os brasileiros, o olho na moda japonesa não é tão novidade assim. Muitas marcas já trabalham amarrações, mangas abertas e tecidos estruturados que remetem muito à cultura e ao vestir de lá. Bicos finos em mules e solados flat também beberam desta água (e seguem bebendo).

Sobre os tecidos holográficos, vamos considerar que no universo fashionista eles até emplaquem. No dia a dia do metrôzão, do ônibus e das caminhadas nas cidades brasileiras (ou seja, a real life da galera fora do circuito fashion) a coisa talvez role mais tímida porque muitos desses tecidos precisam de materiais mais sintéticos para gerar o efeito de holografia e isso pode representar peles respirando menos (= calor) e, pro clima daqui, é um ponto que pega muito, sabemos.

No geral, achei muito interessante (e me deu alívio) ver a moda mais atenta ao que de fato importa tanto lá quanto aqui e que mesmo em culturas, situações políticas e estilos (até por influência climática) diferentes, estamos no mesmo discurso para inclusão e melhoria na cadeia de consumo.

O que vocês acharam?

Crédito: La Vanguardia

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