Comprar no Bom Retiro, em SP, ainda é bom? A região da José Paulino ficou mais cara?

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Se você é antenada com moda e adora garimpar peças incríveis a preços acessíveis, certamente já ouviu falar do Bom Retiro, em São Paulo. Ou ao menos na famosa Zepa, como a gente chama a região da rua principal do bairro, a Rua José Paulino.

Mas, será que essa região tão famosa por suas oportunidades de compras continua sendo uma opção vantajosa?

Hoje te proponho um bate-papo que foi inspirado no vídeo que já subi para o @sitedacris no Youtube para falarmos sobre as transformações que ocorreram nesse tradicional polo de moda e desvendar se a icônica Rua José Paulino ficou mais cara. Vou deixar o vídeo aqui no final deste artigo, combinado? Aí você vai lá me dar um alô!

O encanto do Bom Retiro

O Bom Retiro sempre foi conhecido como o paraíso dos atacadistas, multimarcas e profissionais autônomos que se autodenominam sacoleiros. Tenho dezenas de mentoradas na PoP Diamond (aqui) que atuam de forma autônoma em diversos estados do Brasil e compram aqui, em SP.

Essa região comercializa a modalidade de atacado de segunda à sexta-feira e, aos sábados, além do atacado, muitas lojas também colocam produtos à venda para o varejo de Pessoas Físicas. Outras não abrem porque vendem exclusivamente ao atacado. Das que abrem, por décadas, ofereceram preços mais acessíveis, aos sábados.

Só que de uns anos para cá, o cenário mudou. Estive sábado no Brás e conversei com comerciantes e também clientes, muitos deles, público que também frequenta a José Paulino.

Então, decidi produzir conteúdos pro canal e para o site conversando e respondendo dúvidas que vocês me mandam por aqui, pelo youtube e pelo instagram (segue aqui)

A era da influência modificou o consumo

Sim. Falo isso sem sombra de dúvida. A forma como consumimos foi impulsionada pela internet e pelo trabalho com influenciadores digitais.

Muitas marcas da região que vendiam exclusivamente para atacado, começaram a fazer projetos com influenciadores digitais e isso lhes rendeu dois cenários: aumento de base de público-alvo (outras marcas e donas de marcas que eram seguidoras desses influenciadores) e o público final (de varejo) que não só chegou ao alcance dessas marcas como começou a cobrar dos comércios locais, os produtos que a pessoa A, B ou C estava usando nos stories.

As fabricantes expandiam velozmente seu alcance e ganhavam novos públicos que iam muito além dos já conhecidos, de atacado e varejo.

Esse fenômeno levou a um reposicionamento de marca, de preços e até mesmo a um redesenho de seus portfólios.

Pouco a pouco, começamos a ver marcas que, aos sábados, literalmente, jogavam panos nas vitrines que eram destinadas ao atacado da semana e limitavam o trânsito dentro das lojas para uma ou duas araras, para não perderem o movimento de $$ do sábado que sempre foi e é intenso e, ao mesmo tempo, preservarem o critério de exclusividade da clientela forte (atacado).

A era digital e o e-commerce

Em paralelo ao cenário da influencia, chegou a pandemia e a presença online se tornou indispensável para muitos negócios.

Muitas das marcas do Bom Retiro que já tinham e-commerce focado nos atacados, não ficaram para trás e criaram suas próprias lojas virtuais ou Apps, oferecendo a possibilidade de compra direta ao público final (varejo de Pessoa Física), além da venda em atacado.

Também criaram exércitos de venda fantásticos, via whatsapp, para contornar o cenário inusitado que caiu na nossa cabeça. Fizeram o possível para sustentar folha de pagamento, produção (muitas importam partes grandes da cadeia produtiva e, ainda teve mais essa: lidar com a escassez de matéria-prima) além de atendimento/ entrega.

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O impacto dos custos

Respirar está mais caro. Ponto. Então, se a gente soma o reposicionamento de marca que muitas dessas empresas passaram para dar conta dos públicos que chegavam, a tecnologia  aplicada para suprir a demanda, o aumento nos custos de produção (insumos, matéria-prima, aviamentos e mão-de-obra que sofreram reajustes), não temos outro cenário senão o reflexo no preço final dos produtos.

Essa realidade não é exclusiva do Bom Retiro. É um reflexo do panorama econômico atual, no qual o salário do brasileiro não acompanhou o aumento geral dos preços.

Apesar das mudanças ocorridas, o Bom Retiro continua sendo um destino interessante para quem busca moda e estilo e te explico por que, no vídeo:

Aproveite também para deixar nos comentários suas impressões e experiências com o Bom Retiro. Queremos ouvir suas histórias e saber se você já notou as transformações na região.

Não deixe de compartilhar este artigo com seus amigos fashionistas que também adoram ficar por dentro das últimas tendências da moda. Juntos, vamos descobrir se comprar no Bom Retiro ainda é uma boa opção!

Fique ligado aqui no criscardoso.com e já se inscreve no canal do Youtube para mais conteúdos relacionados à moda, dicas de estilo e tendências. Estamos sempre buscando trazer informações relevantes e atualizadas para você. E já aproveitei minha ida ao Brás para fazer mais conteúdo para vocês. Já já tem vídeo sobre o Brás também. Nos vemos!

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