Os rumores chegaram ao fim e a Charlotte Tilbury Beauty, marca de maquiagem inglesa da maquiadora e fundadora da empresa, finalmente pertence à espanhola Puig, empresa fabricante por trás das marcas de perfume como Paco Rabanne, Carolina Herrera e das linhas assinadas por Antonio Banderas e Shakira. Puig aliou-se à empresa de investimentos BDT Capital Partners para fechar o negócio.
Em maio, os principais veículos que cobrem o setor haviam noticiado que tanto a Unilever como L’Oréal e Estée Lauder eram 3 das empresas interessadas em assumir a CTB.
O trabalho da marca de Charlotte Tilbury para decidir com quem faria a transação correu com consultores do Goldman Sachs Group e Jefferies Financial Group até que o grupo espanhol confirmasse a aquisição com participação majoritária.
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A marca de Charlote Tilbury
Lançada em 2013 e tendo como principal garota-propaganda a homônima maquiadora, a marca de maquiagens rapidamente ganhou o mundo. Com produtos de alta performance, fáceis de manipular e vendidos em embalagens de extremo bom gosto, rapidamente cativou celebridades como Penelope Cruz e Kate Moss.
Segundo notícia divulgada, a fundadora da marca manterá “participação minoritária significativa” na empresa, seguindo à frente como presidente e diretora artística. A imprensa informou que Demetra Pinsent, atual CEO, também permanece no cargo.
Puig agora tem portfólio mais completo
Com a aquisição da CTB, a espanhola Puig completa seu portfólio de marcas que envolvem moda, beleza de luxo e perfume e aposta no branding mundialmente exitoso da Charlotte Tilbury. Embora detalhes do valor geral da transação não tenham sido abertos, especula-se que tenham elevado à marca ao valor de USD 1 bilhão (cerca de 790 milhões de libras).
A venda da Charlotte Tilbury é boa ou ruim?
Quando algumas empresas brasileiras foram adquiridas nos últimos anos, conversamos nos stories do IG sobre vantagens e desvantagens para equipes, portfólios e consumidores. A verdade é que só o tempo dirá quem lucra e quem sai perdendo, porque, em linhas gerais, a mensagem institucional de manter a cabeça criativa que é ‘a cara da marca’ à frente dos negócios, em termos de branding e MKT, é estratégia habitual.
A questão é que, fora das câmeras, isso nem sempre é ‘de fato’ e já vimos cenários similares anteriormente em que, temos depois, o fundador anuncia a saída definitiva. É sempre menos traumático em termos institucionais e de vendas que quem levantou a marca siga como quem aparece no comando.
Mas, uma vez vendida, qualquer empresa deve ter o contrato muito bem alinhado nas definições dos direitos dos ‘antigos’ donos que permaneçam em algum cargo (agora com poder limitado). E, normalmente, acertos deste porte resguardam muito bem ambas partes para que não corram o risco de perder a identidade da marca ou, pior, qualidade e excelência de entrega, o que seria péssimo para os números da empresa e, óbvio, para nós, consumidores e fãs.
Sucesso e vida longa à uma das marcas de beleza que a gente mais admira, atualmente.