Muitas pessoas viveram ou vivem em relacionamentos abusivos e não sabem. Não sabem por várias razões: não sabem identificar, não sabem explicar e nem sequer entendem o que isto quer dizer.
A maioria das pessoas tem a ideia de que abuso está sempre vinculado ao físico e, lógico, este é o tipo mais explícito
Assumir então, só se a coisa chega a um extremo. Tem gente que é capaz de passar a vida em um relacionamento abusivo e não dar um pio. Chora calada, mas não larga o osso. Vale tanto assim, Gente?
Por que é tão difícil identificar se estamos em um relacionamento abusivo?
Existem any motivos mas alguns são mais óbvios que outros. A maioria das pessoas tem a ideia de que abuso está sempre vinculado ao físico e, lógico, este é o tipo mais explícito: se alguém aparece com um olho roxo, se alguém aparece com marca no braço ou em outra parte do corpo, o abuso está aí, a gente enxerga e isso basta para dizer: Epa! Aqui tem um relacionamento abusivo. Isto, além de abuso é violência e é claro, aparece.
Sinais de leve a moderados para você ficar de olho: chantagem emocional, possessividade recorrente, tentativas de abalar a autoestima da outra parte. Ciúme descontrolado, que leva à gritaria, ameaças explicitas, em público ou ambiente privado são sintomas que já indicam problemas sérios à vista de curto a médio prazo.
Mas… E aquele outro tipo de relacionamento abusivo? Aquele que tira você, uma pessoa que sempre foi tão ponderada, tão equilibrada, do sério? Aquele que é disfarçado de problema, de “fase pessoal conturbada”?
Como é que a gente faz para lidar com a outra parte, nestas condições?
Tipos principais de relacionamento abusivo
O relacionamento abusivo, além de físico, pode ser de ordem:
Sexual, quando uma das partes é forçada pela outra ou faz sem plena vontade;
Moral, quando a outra parte calunia ou difama;
Patrimonial e econômica, quando faz a outra parte virar dependente, quer ter (e controla, de fato) gastos e economias, destrói coisas (sabe aquela pessoa que pega a garrafa preferida e taca na parede? Pois é…) ou esconde coisas.
Psicológica, quando a outra parte praticamente tortura mentalmente o outro. É o caso típico de gerar insegurança, porque você nunca sabe se a pessoa cumprirá com a promessa ou não. É também o caso da pessoa que diz “Já te chamo porque tenho alguma coisa muito séria para falar com você”, e você espera, espera, espera… e nada. É também o caso de quem aparece quando quer, te atende quando quer e até te dispensa quando quer. Tá se familiarizando com a coisa?
É tudo abuso, Gente. Em menor ou maior ordem, mas é abuso.
Confira o vídeo completo, no canal
Como identificar relacionamentos abusivos
Nem sempre o relacionamento abusivo é caracterizado só por agressão física ou verbal.
Ele pode ser abusivo por tortura mental feita a você, por exemplo: em uma conversa, por qualquer coisa, a outra faz sempre te faz pensar que você é a parte errada ou que você é a parte que não entende nada do que está sendo dito/ explicado / justificado.
Ele pode ser abusivo pela invasão ao seu espaço, ao seu modo de pensar e ao DESMERECIMENTO DO SEU MODO DE PENSAR. Tente discordar e ouvirá frases como “Você está louca/louco”, “Não viaja, não disse ISSO”, “Tá inventando isso aí….” E chega ao nível de dar a entender que você está fazendo drama por ‘nada’.
Confira o vídeo completo, no canal
Ida ao cinema, restaurante, casa de amigos já começam a te dar pânico só de imaginar o comportamento da pessoa nesses lugares? Adivinha….
E, nos extremos: é violento sim, fisicamente. Faz chantagem e jura que nunca mais repete o tapa, o empurrão, a chacoalhada.
Beleza. Entendi. E como é que saio desse furacão?
Nem sempre a gente sai ilesa/ileso de cara. Mas a gente não está aqui para pagar de vítima da humanidade, né, minha gente… Estamos neste mundo para viver e evoluir e, como expliquei no vídeo, para viver, para ser feliz. E um caminho muito interessante que eu sugiro para você é o que eu mesma percorri, nas duas vezes em que me vi nestas condições. Tudo sempre funcionou para mim na seguinte ordem:
Eu me vejo de fora, olho e analiso o tamanho da bosta onde me enfiei;
Eu olho para dentro para ver qual foi o meu ponto de partida, inclusive, para entender como e em qual momento da minha vida atraí essa vivência pra mim;
E aí eu começo a mexer a minha energia para resolver. Converso com amigos que realmente agreguem conhecimento. Não busco aqueles que farão coro de ódio, eles não adiantam. Eles alimentam o ego mas pouco esclarecem. E jogar mais bad vibe numa coisa que já está péssima, é fadiga pura.
Eu não entro mais na vitimização, eu não projeto a culpa no outro. O RELACIONAMENTO É ABUSIVO. Relacionamento: 2 pessoas, 3 pessoas, várias pessoas. Não UMA pessoa.
Portanto, eu PRECISO, NECESSITO, entender qual a minha parte que acatou aquilo ali, em alguma esfera. E aí, meus amigos, se constato que caí de gaiata mesmo, é encher o peito, levantar a cabeça e andar pra frente.
Confira o vídeo completo, no canal
Converse se achar que vale, corte a conversa se achar que vale, procure ajuda sempre; de um amigo de confiança, de um profissional que possa te ajudar a curar as feridas internas… Só não deixe que a confusão do outro polua a tua paz.
A sua vida vale muito. E enquanto você estiver ali, retroalimentando uma vivência de tanta dor, pode ter outra, bem à frente, que te faria tão mais feliz….
Pesquisa de materiais: Minha vida, mesmo e também BuzzFeed e TodaTeen