Dança das cadeiras na Celine: sai Hedi Slimane e entra Michael Rider

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“Sob sua direção criativa e artística, a Celine vivenciou um crescimento excepcional e consolidou-se como uma icônica casa de alta costura francesa”.

Foi com essa frase que a Celine anunciou a saída de Hedi Slimane, deixando claro o quão importante e significativo foi o papel dele para a casa. Não é para menos. Afinal, Hedi mantinha a parceria com a Celine desde 2018, onde ocupou os cargos de diretor artístico, criativo e de imagem da marca.

Foi ele quem ressignificou pontos estratégicos da Celine gerando mudanças importantíssimas que refletiram no DNA da marca e a tornaram não somente conhecida mas desejada, globalmente, tanto na moda masculina como na feminina.

Foi por Slimane, inclusive, que a marca lançou uma linha de perfumes de alta qualidade, ampliando o portfolio da Celine para além da moda. Ele transformou notavelmente a identidade visual da marca, do logotipo ao próprio nome (removendo o acento de Celine) e reformulando as redes sociais e as campanhas publicitárias.

Também redesenhou o layout das lojas. Quando a primeira coleção masculina da Celine chegou ao mercado, atraiu de imediato o olhar dos varejistas, que se encantaram com o menswear de Hedi Slimane.

Após passagens pela Dior e Saint Laurent, o designer encerra sua trajetória na Celine. Sua última coleção para a marca, a primavera-verão 2025, foi revelada recentemente e sua saída reacende especulações sobre uma possível ida para a Chanel. Agora, é esperar para ver.

Quem é o novo diretor criativo da Celine?

Quem assume o tremendo desafio na Celine será Michael Rider, da Polo Ralph Lauren.

Rider não é exatamente uma novidade para Celine. Ele já trabalhou com Philo como diretor de design e dizem que foi fundamental para seu sucesso.

Formado pela Brown University, seu primeiro trabalho foi na Balenciaga, onde ficou de 2004 até setembro de 2008, no cargo de designer sênior de looks de desfile. Em seguida, ele foi para a Celine, onde ficou por dez anos como diretor de design de prêt-à-porter, durante a gestão criativa de Phoebe Philo. De lá pra cá, trabalhou como diretor criativo da Polo Ralph Lauren.

“Celine é uma maison com valores muito próximos do meu coração e uma linda herança para construir”, disse Rider em uma declaração hoje. “Estou honrado em voltar e moldar o futuro da maison junto com a equipe da Celine.”

E para onde Slimane vai?

Nada foi declarado até agora e caso a ida para a Chanel se confirme, os especialistas da área salientam que a genialidade de Slimane talvez precise de uma abordagem diferente para consolidar-se em um grupo do tamanho da Chanel.

Slimane é conhecido pelo ‘temperamento forte’. É um ‘gênio da moda’ com hábito de controlar bem de perto todos os aspectos da marca desde que assume o comando, centralizador, sem delegar nada. E isso pode ser um dificultador.

Seja como for, sucesso merecido a ambos e, uma coisa é certa: as casas que recebem esses dois criativos estão em excelentes mãos. E mentes.

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