O desfile da Fendi na semana de moda de Milão não foi nem de longe só mais um desfile da marca. Foi o desfile de comemoração ao centenário da grife e, por isso mesmo, repleto de referências mesclando os anos 20 (e, especialmente, 25) ao futuro com ares joviais.
Cinturas rebaixadas nos vestidos, transparências e bordados confortavelmente coordenados com saltos baixíssimos e tênis, muitos tênis.
No bloco inicial do desfile, Kim Jones fez sua reverência aos anos 20, apresentando vestidos com linhas nouveau e cintura deslocada.
Os vestidos flappers (correspondendo às melindrosas em português), com franjas finíssimas geraram um belo movimento e desfilaram lindamente ao lado de transparências e muitas sobreposições.
Gradualmente, traz a coleção para um presente que já aspira o futuro: robes, transparências, conjuntos de top e um short estilo masculino e variações de saias, mais vestidos (alguns de alta costura) e conjuntos bem possíveis para um dia a dia.
Fendi também levou o hi-lo entre texturas e pesos de peças, com blasers sobrepostos às saias de tule ora bordadas.
A marca segue a linha de tantas outras concorrentes: a missão de atender à clientela da casa e, simultaneamente, gerar o oxigênio renovado na GenZ para facilitar a assimilação de brand awareness do amanhã.
Zero surpresa também na massiva referência ao gosto asiático para moda: transpasses, amarrações, golas e dezenas de celebridades com CPF abaixo dos 30 na plateia. Errada? Jamais. O mercado asiático é voraz para consumir moda luxo e uma casa com 100 anos não chegou onde chegou desavisada sobre audiências.
Confira o destile aqui:
