Não caia na cilada das “cores da estação” se elas não funcionam pra você

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Todo começo de estação é a mesma coisa: a gente vê aos montes matérias com ‘as cores do inverno/ do verão’ tanto na moda como na maquiagem.

Quando a gente fala de uma tendência, a gente sempre fala de modo global mas cabe a cada um de nós, como consumidor, trazer a informação para o nosso universo e interiorizar isso.

Na moda, as propostas chegam até meses antes, quando os desfiles acontecem, para que os buyers tenham tempo de selecionar, comprar e receber os produtos a tempo de criar campanhas de marketing e projetos de vitrines. E ainda que haja sempre aquele leque de cores que derrubam a gente, há mais opções de misturar a outras cores que nos levantam.

Inverno é uma estação que tem como ícone a cartela dos neutros para as roupas, o que vem sendo quebrado pouco a pouco, felizmente. Mas ainda é assim e dá pra entender:

  1. Roupa de frio, via de regra, tem preço mais salgado, precisa aquecer e durar.

2. As cores neutras possibilitam muito mais combinações para todo mundo, principalmente, para quem não sente muita segurança – ou não gosta mesmo – de ousar no mix de cores. Preto, cinza, marinho e marrom sujam menos, combinam com muito mais coisas e não exigem altos minutos de coordenação. Pega o casacão, mete por cima de tudo e pronto.

No setor cosmético, a coisa fica um pouquinho mais delicada e, infelizmente, sem grandes novidades. A maquiagem social (dia a dia e eventos) tem um range menor de cores aplicáveis do que as roupas e quase sempre a ‘novidade’ gira em torno de nude, vermelho fechado e vinho’. Cadê a novidade? 🙁

Hoje, li uma entrevista com uma maquiadora que falava sobre a ‘cor do inverno’ na make. “Vinho é a cor da estação’.

Bom, quando leio matéria assim, a primeira coisa que eu faço é ver se o profissional é vinculado à alguma marca específica porque, se for, a gente já começa a ler dando desconto: ele vai falar da marca dele (óbvio) e vai dar holofote para as apostas que a marca dele fez (óbvio).

O problema não é o profissional de Beleza fazer isso. Este é o trabalho dele e é informativo para nós, que compramos.

O problema é a gente, quando consumidor, ler aquilo e interiorizar de forma geral uma informação que diz “Vinho é a cor do inverno”.

Para fugir das armadilhas de consumo inútil (porque o consumo útil é uma delícia!) é importante dissecarmos a informação:

Tal cor funciona para meu tom e meu subtom de pele?

Tal cor favorece meu tipo e meu formato de boca?

Blush rosa fechado é pra mim?

Percebem? É essa análise que eu vivo pregando aqui e a gente deve aplicar para tudo.

Quando a gente fala de uma tendência, a gente sempre fala de modo global mas cabe a cada um de nós, como consumidor, trazer a informação para o nosso universo e interiorizar isso. Se fizer sentido e funcionar pra nossa vida, lindo e ótimo. Se não fizer, deixa a ‘tendência’ passar e toca o barco com as cores que você mais curte. Seu estilo bem aproveitado marca mais a sua imagem do que qualquer tendência aplicada a ele.

Falando sobre a cor vinho

Cristininha não acha batom vinho a coisa mais fácil de combinar, não. Para mim, por exemplo, diminui demais o tamanho da minha boca e ressalta as olheiras.

Para usar um batom vinho, preciso triplicar o reboco na base e no corretivo e acender MUITO os tons de sombra nos olhos, senão, a coisa fica muito estranha e, ainda assim, escolher aquele tom de Vinho sem vergonha, que é quaaaaaaaaase vermelho.

Se eu lesse a matéria e saísse batendo cabeça sem trazer pro meu universo, já estaria em casa com sombra, lápis de olho AND batom em vinho encalhados (e me xingando 2 horas depois…). Por outro lado, tenho amigas que AMAM batom vinho e ficam LINDAS com a cor.

Lembrem que tudo que está mais próximo ao rosto é captado de primeira pelo cérebro. Ou seja: se você usa uma cor que te derruba na parte inferior do look, ou até nos pés, o impacto é infinitamente menor do que no colar, no brinco ou na maquiagem (já que estas cores estão próximas ao rosto ou no próprio rosto que será captado pelo eye contact do nosso interlocutor).

Quem se beneficia da cor vinho?

Pedi à Paula Machado, que é super amiga, super Consultora de Imagem e toca o projeto @look2you.consult comigo, que nos desse uma explicação mais técnica e assertiva:

“As pessoas com subtom frio (que correspondem às cartelas invernais na Consultoria de Estilo) ficam melhores com as cores como o vinho, lilás, roxo, violeta, beterraba, por exemplo.

Já as pessoas com subtom quente (que correspondem às cartelas de verão e outono) se quiserem usar esse tipo de cor, podem optar pelo Carmim.

É importante notarmos que, quando se usa uma cor fria intensa – como é o caso do vinho – em pessoas com cartela Primavera e Outono (que são cartelas de subtom quente), você evidencia pontos que normalmente queremos esconder, como olheiras ou palidez da pele.”

Como identificar se a cor derruba ou levanta?

O teste de Harmonia do batom é fantástico para você ter um termômetro.

Ao invés de aplicar o batom na boca, aplique-o na parte interna do dedo. Escolha 3 cores e pinte cada dedo com uma cor.

Sem maquiagem alguma no rosto (não vale roubar nessa, hein!), vá ao espelho, de preferência, com luz natural.

Observe o efeito na sua olheira e veja se seu olhar fica mais feliz ou mais apagado conforme você troca a cor. Por aí, mesmo sem passar por um atendimento especializado com um Consultor de Imagem, você já terá um ‘cheiro’ das cores que são mais bacanas para você. E, ó, se cair o vinho, amiga: este inverno é seu! hahahahahh

Beijo, Show!

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